O Protocolo de Kyoto foi firmado em 15 de março de 1997 na cidade de Kioto, no Japão. Lá ocorreu a 3ª Conferência das Nações Unidas para as mudanças Climáticas - COP-3 - quando firmou-se um acordo internacional para estabelecer metas de redução de emissão dos gases poluentes causadores do efeito estufa, que estaria ligado ao aquecimento global.
O tratado, foi ratificado por 174 nações e entrou em vigor em 2005.
Pelo Tratado de Kioto, os países industrializados se comprometeram a reduzir em pelo menos 5,2% as emissões desses gases entre 2008 e 2012, em relação ao que era emitido em 1990.
Como estamos em 2009, e este acordo irá expirar em 2012, um novo acordo está sendo discutido para substituí-lo. Já ocorreu uma reunião das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Poznan, na Polônia, em 13/12/08, onde foram feitas críticas de países em desenvolvimento e ambientalistas.
Desta vez a Conferência - COP-15 - será na cidade dinamarqueza de Copenhague, em dezembro deste ano quando as nações irão redefinir as metas de Kyoto e preparar um novo protocolo. As discussões sobre o assunto já estão ocorrendo.
"O objetivo básico é uma redução mais drástica na emissão de gases do efeito estufa a médio prazo, já para os anos de 2020 a 2050, para não deixar o aumento da temperatura média global ultrapassar 2ºC", esclarece Tercio Ambrizzi, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
Estudos indicam que a média da temperatura do planeta tem aumentado de 0,5ºC a 0,6ºC ao ano. "Se nada for feito e mantermos o ritmo de crescimento de hoje, os modelos matemáticos indicam que as temperaturas podem subir de 4 a 6ºC até 2100", alerta o professor, que participou da revisão do relatório do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo esse documento, 90% do agravamento do efeito estufa seria de responsabilidade da ação do homem.
Durante o último encontro dos membros do G-8 com os do G-5, no início de julho, na Itália, foi discutido alguns números para diminuir as emissões de gás carbônico no mundo, e os países industrializados, responsáveis por 80% delas, concordaram com uma redução de 50%.
As nações em desenvolvimento, porém, negaram-se a estipular metas. Atualmente, elas não são obrigadas a reduzir suas emissões de gases poluentes, apenas foi sugerida a colaboração delas. Porém no novo acordo deverá estar incluídas nas metas. "Provavelmente, esses países também deverão ter alguma forma de comprometimento oficial. Uma proposta recente sugere que a redução seja proporcional à industrialização de cada país. Dentro disso, o Brasil teria uma meta de 4 a 5%. Para algumas nações, isso significaria reduções de 50%, 60% e de até 80% do que emitem hoje, como seria no caso dos Estados Unidos", diz Tercio Ambrizzi. Para ele, o grande desafio é fazer com que haja comprometimento do ponto de vista do corte de emissões sem prejudicar o desenvolvimento econômico. "Vai ser preciso conseguir uma fórmula para ajustar esses dois fatores".
O professor destaca, para isso, a necessidade do desenvolvimento e emprego de novas tecnologias de energia limpa, como a eólica e a nuclear.
"Deve-se ressaltar que quase a totalidade dos povos da África queima lenha para cozinhar. Na Índia é bem pior, pois queimam esterco para sobreviver", afirma o professor Ricardo Augusto Felicio, do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). "O que não fica claro para a população em geral é que esses acordos não enfatizam o benefício de se usar tecnologias baratas para os mais necessitados, ou seja, grande parte do mundo", completa.
Muito do que se firmou neste Tratado de Kioto não aconteceu. As nações não levaram a sério o acordo e os índices de poluição e consequentemente de aquecimento global aumentaram trazendo sérias consequencias no mundo todo.
Que este novo acordo ou Tratado seja colocado em prática por todas as nações do mundo, desenvolvidas ou subdesenvolvidas.
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