Ijuí - Escola Ruyzão - Geografia - Ver o mundo com um outro olhar ... Venha comigo!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Começa a primavera no hemisfério Sul



Exatamente às 18h18 desta terça-feira, dia 22 de setembro, um interessante evento astronômico volta a ocorrer pela segunda vez no ano. Trata-se do equinócio de setembro, um dos dois momentos anuais em que o Sol cruza o plano do equador celeste, a linha imaginária do equador projetada na abóbada do céu.
O momento tem significado especial, pois marca o início da primavera no hemisfério sul e início do outono no hemisfério norte.

Lembrando:

Equinócio é uma palavra que tem origem no Latim e significa "noite igual", já que nos dias em que ocorrem, as noites e os dias têm a mesma duração.
Além de setembro, o equinócio acontece também em 20 de março, quando inicia o outono no hemisfério Sul e a primavera no hemisfério Norte.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Revolução Farroupilha.



A REVOLUÇÃO FARROUPILHA, também chamada de Guerra dos Farrapos ou Decênio Heróico ( 1835 - 1845).
Eclodiu no Rio Grande do Sul e configurou-se como a mais longa revolta brasileira.
Conheça os detalhes da Revolução Farroupilha:







Causas:

O estado do Rio Grande do Sul foi palco das disputas entre portugueses e espanhóis desde o século XVII. Na idéia dos líderes locais, o fim dos conflitos deveria inspirar o governo central a incentivar o crescimento econômico do sul, como pagamento às gerações de famílias que se voltaram para a defesa do país desde há muito tempo. Mas não foi isso que ocorreu.
1821 - o governo central impôs a cobrança de pesadas taxas sobre os produtos rio-grandenses, como charque, erva-mate, couros, sebo, graxa, etc.
Década de 30 - o governo criou incentivos para a importação do charque produzido no Prata.
Também aumentou a taxa de importação do sal, insumo básico para a fabricação do nosso charque. Além do mais, se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do centro do país.
Tudo isso causou grande revolta na elite rio-grandense.


A revolta:

Em 20 de setembro de 1835, os rebeldes tomam Porto Alegre, obrigando o presidente da província, Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande.
Bento Gonçalves, que planejou o ataque, empossou no cargo o vice, Marciano Ribeiro. O governo imperial nomeou José de Araújo Ribeiro para o lugar de Fernandes Braga, mas este nome não agradou os farroupilhas (o principal objetivo da revolta era a nomeação de um presidente que defendesse os interesses rio-grandenses), e estes decidiram prorrogar o mandato de Marciano Ribeiro até 9 de dezembro. Araújo Ribeiro, então, decidiu partir para Rio Grande e tomou posse no Conselho Municipal da cidade portuária. Bento Manoel, um dos líderes do 20 de setembro, decidiu apoiá-lo e rompeu com os farroupilhas.
Bento Gonçalves então decidiu conciliar. Convidou Araújo Ribeiro a tomar posse em Porto Alegre, mas este recusou. Com a ajuda de Bento Manoel, Araújo conseguiu a adesão de outros líderes militares, como Osório. Em 3 de março de 36, o governo ordena a transferência das repartições para Rio Grande: é o sinal da ruptura. Em represália, os farroupilhas prendem em Pelotas o conceituado major Manuel Marques de Souza, levando-o para Porto Alegre e confinando-o no navio-prisão Presiganga, ancorado no Guaíba.
Os imperiais passaram a planejar a retomada de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de julho. O tenente Henrique Mosye, preso no 8o. BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou 30 soldados. Este grupo tomou importantes pontos da cidade e libertou Marques de Souza e outros oficiais presos no Presiganga. Marciano Ribeiro foi preso e em seu lugar foi posto o marechal João de Deus Menna Barreto. Bento Gonçalves tentou reconquistar a cidade duas semanas depois, mas foi batido. Entre 1836 e 1840 Porto Alegre sofreu 1.283 dias de sítio, mas nunca mais os farrapos conseguiriam tomá-la.
Em 9 de setembro de 1836 os farrapos, comandados pelo General Netto, impuseram uma violenta derrota ao coronel João da Silva Tavares no Arroio Seival, próximo a Bagé. Empolgados pela grande vitória, os chefes farrapos no local decidiram, em virtude do impasse político em que o conflito havia chegado, pela proclamação da República Rio-Grandense. O movimento deixava de ter um caráter corretivo e passava ao nível separatista.

A República:

Bento Gonçalves, em cerco a Porto Alegre, recebe a notícia da proclamação da República e da indicação de seu nome como candidato a presidente. Decide contornar a capital da província para se juntar aos vitoriosos comandados de Netto. Quando vai atravessar o rio Jacuí na altura da ilha de Fanfa, tem seus mais de mil homens emboscados por Bento Manuel e pela esquadra do inglês John Grenfell. Bento Gonçalves, Onofre Pires, Pedro Boticário, Corte Real e Lívio Zambeccari, os principais chefes no local, são presos, e a tropa é desbaratada. O governo imperial, após esta vitória, oferece anistia aos rebeldes para acabar de vez com o conflito. Netto, contudo, concentrou tropas e decidiu continuar a luta.
Bento Gonçalves foi escolhido presidente da República, mas enquanto não retornasse, Gomes Jardim assumiu o governo, organizando a estrutura dos ministérios.
No dinal de 1836, sem seu líder e com o governo central fazendo propostas de anistia, a revolução estava perdendo a força. No início de 1837 o Regente Feijó nomeou o brigadeiro Antero de Brito para presidente da província. Este, acumulando o cargo de Comandante Militar, passou a perseguir os simpatizantes do movimento em Porto Alegre e tratar os farrapos com dureza. Estes atos devolveram o ânimo aos rebeldes, que então conseguiram muitas vitórias. A cavalaria imperial desertou em janeiro de 1837 em Rio Pardo, e Lages, em Santa Catarina, foi tomada logo após.
Em março, Antero de Brito mandou prender Bento Manoel, por achá-lo pouco rígido com a República. Mas Bento Manoel resolveu prendê-lo e passar novamente para o lado farroupilha. Um mês após, Netto, com mais de mil homens, tomou o arsenal imperial de Caçapava, capturando armas de todos os tipos e ganhando a adesão de muitos soldados da guarnição local. E em 30 de abril, Rio Pardo, então a mais populosa cidade da província, foi tomada.
Em outubro, Bento Gonçalves fugiu do Forte do Mar, em Salvador, vindo a assumir a presidência em 16 de dezembro. Era o auge da República. A diminuição dos combates, a estruturação dos serviços básicos - correios, política externa, fisco - davam a impressão de que o Estado Rio-Grandense estava em vias de consolidação.
Mas 1838 não foi o ano da vitória como esperavam os farrapos. Apesar de mais uma vitória em Rio Pardo, o fracasso na tentativa de tomar Rio Grande e a falta de condições de conquistar Porto Alegre abatem as esperanças dos republicanos. A maioria das vitórias farrapas neste ano foram em combates de guerrilha e escaramuças sem importância estratégica. Com Piratini ameaçada, a Capital é transferida para Caçapava em janeiro de 1839.

Garibaldi:

Guiseppe Garibaldi apresenta-se em Piratini em fins de 1837. Ao chegar à capital farroupilha, ele recebe uma missão: construir barcos e fazer pirataria contra navios do império. Dois meses depois, ele apresenta dois lanchões: o "Rio Pardo" e o "Independência". Com Rio Grande e São José do Norte ocupadas pelo inimigo, e Montevidéu pressionada pelo governo imperial, os farrapos planejam a tomada de Laguna, em Santa Catarina. A idéia era um ataque simultâneo por mar e por terra. Mas como sair da Lagoa dos Patos? Garibaldi escapou com os Lanchões "Farroupilha" e "Seival" pelo rio Capivari, a nordeste da Lagoa. Daí resultou o mais fantástico acontecimento da guerra, e talvez um dos lances de combate mais geniais da história.
Foram postas gigantescas rodas nos barcos, e eles foram transportados por terra, levados por juntas de bois, até Tramandaí, a aproximadamente 80km do ponto de partida. O transporte foi feito através de campos enlameados pelas chuvas de inverno.
Assim o ataque é feito de surpresa, com Davi Canabarro por terra e Garibaldi a bordo do "Seival" (o Farroupilha naufragou em Araranguá-SC) e resulta na conquista da cidade e na apreensão de 14 navios mercantes, que são somados ao "Seival", e armas, canhões e fardamentos. Em 29 de julho de 1839 é proclamada a República Juliana, instalada em um casarão da cidade. Mas o sonho durou apenas quatro meses. Com a vitória de Laguna, os farrapos resolveram tentar a conquista de Desterro, na ilha de Santa Catarina. Mas são surpreendidos em plena concentração e batem em retirada, com pesadas perdas materiais. Os navios de corso, contudo, vão mais longe.O "Seival", o "Caçapava" e o novo "Rio Pardo" vão até Santos, no litoral paulista. Encontrando forças superiores, voltam para Imbituba-SC.
Em 15 de novembro de 1839, um ataque pesado a Laguna, com marinha, infantaria e cavalaria resulta na destruição completa da esquadra farroupilha e na retomada da cidade. Todos os chefes da marinha rio-grandense são mortos, com exceção de Garibaldi. Davi Canabarro recua até Torres, enquanto outra parte das forças terrestres vai para Lages, onde resistem até o começo de 1840.


Declínio:
Em 1840 começou a decadência da revolução.
Enquanto a maioria das forças rio-grandenses se concentrava no sítio a Porto Alegre, a capital, Caçapava, era atacada de surpresa.
A partir daí, os arquivos da República foram colocados em carretas de bois pelas estradas. Foi o tempo da "República andarilha", até que Alegrete foi escolhida como nova capital. Em Taquari, farroupilhas e imperiais travaram a maior batalha da guerra, com mais de dez mil homens envolvidos. Mas não teve resultados decisivos. São Gabriel foi perdida em junho, e alguns dias depois o General Netto só escapa do imperial Chico Pedro graças à sua destreza como cavaleiro.
Em julho, novo fracasso farroupilha, desta vez em São José do Norte. Bento Gonçalves começa a pensar na pacificação.
Em novembro é a vez de Viamão cair, morrendo no combate o italiano Luigi Rossetti, o criador do jornal "O Povo" órgão de imprensa oficial da república. Para piorar a situação, em janeiro de 1841, Bento Manoel discordou de algumas promoções de oficiais e abandonou definitivamente os farrapos.


Caxias:

A partir de novembro 1842 o conflito é dominado por Luís Alves de Lima e Silva, o Barão (depois Duque) de Caxias. Nomeado presidente da província, usou do mesmo estilo dos farrapos para ganhar o apoio da população. Nomeou como comandantes militares Bento Manoel e Chico Pedro, dois oficiais do mesmo estilo, priorizou a cavalaria, e espalhou intrigas entre os farrapos sempre que pôde. Tratou bem a população dos povoados ocupados e empurrou os farroupilhas para o Uruguai. Estes ainda fizeram outra grande tentativa, atacando São Gabriel em 10 de abril de 1843 e, em 26 do mesmo mês, destroçaram Bento Manoel em Ponche Verde. Mas esta foi a última vitória dos farrapos.

Em dezembro de 42 reuniu-se em Alegrete a Assembléia Constituinte, sob forte discussão política. era forte a oposição a Bento Gonçalves. Durante 1843 e 1844, sucederam-se brigas entre os farrapos. Numa destas o líder oposicionista Antônio Paulo da Fontoura foi assassinado. Onofre Pires acusou Bento Gonçalves de ser o mandante. Este respondeu com o desafio a um duelo. Neste duelo (28 de fevereiro de 1844) Onofre é ferido, e veio a falecer dias depois.

Paz:
Em 1844, Bento Gonçalves iniciou conversações de paz, mas retirou-se por discordar
de Caxias em pontos fundamentais, assumindo o seu lugar Davi Canabarro.
Os farrapos queriam assinar um Tratado de Paz, mas os imperiais rejeitavam, porque tratados se assinam entre países, e o Império não considerava a República um Estado. Caxias contornou a situação, agradando os interesses dos farroupilhas sem criar constrangimentos para o Império.

Mas os farrapos já não tinham outra saída senão aceitas as condições de Caxias.
A pacificação foi assinada em 1º de março de 1845 em Ponche Verde, e tinha como principais pontos:

O Império assumia as dívidas do governo da República;

Os farroupilhas escolheriam o novo presidente da província - Caxias;

Os oficiais rio-grandenses seriam incorporados ao exército imperial nos mesmos postos, exceto os generais;

Todos os processos da justiça republicana continuavam válidos;

Todos os ex-escravos que lutaram no exército rio-grandense seriam declarados livres (mas muitos deles foram reescravizados depois);

Todos os prisioneiros de guerra seriam devolvidos à província.

Além do mais, o charque importado foi sobretaxado em 25%.

Terminou assim a Guerra dos Farrapos, que apesar da vitória militar do Império do Brasil contra a República Rio-Grandense, significou a consolidação do Rio Grande como força política dentro do país.


FONTE:

http://www.sohistoria.com.br/ef2/revolucaofarroupilha/

http://tradicao.pampasonline.com.br/tradicao_revolucaofarroupilha.htm

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PROVA EM BLOCO 2º TRIMESTRE.


Pessoal:
Na próxima 3ª feira, dia 15 de setembro, será a prova em bloco 2, com as disciplinas de Geografia, Literatura e Matemática.

Esta é a relação de conteúdos da nossa disciplina:
1) Teoria das placas tectônicas e deriva dos continete;
2) As nove mudanças da Velha Ordem Mundial ( ver caderno;
3) A 1ª, 2ª e 3ª Revolução Industrial;
4) Capitalismo ( Comercial, Industrial e Financeiro);
5) Socialismo
6) Guerra Fria e o Mundo Bipolar;
7) A Globalização;
8) O desenvolvimento e o subdesenvolvimento;
9) Economia Mundo

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PRÉ - SAL ( 2 )


BRASIL ABRE NOVO CICLO PARA O NOSSO PETRÓLEO.

A camada denominada de PRÉ-SAL é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).

O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo (veja figura acima).

Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

Segundo a folha on-line, Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.

Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro.

Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.

PRÉ - SAL.( 1 )


Clique na imagem para ampliá-la e observar melhor como é esta área com reservas petrolíferas.

Nestes últimos meses e dias, temos lido e ouvido falar muito sobre sobre PRÉ-SAL.

VOCÊ SABE O QUE É O PRÉ-SAL?

Segundo a Wiquipédia, PRÉ-SAL é a denominação dada para as reservas petrolíferas encontradas abaixo de uma profunda camada de sal no subsolo marítimo, também chamada de subsal.

Veja nesta animação, detalhes do que é o pré-sal e sua exploração.

As rochas reservatório normalmente são encontradas em regiões muito profundas, de difícil localização e de acesso mais complexo. As maiores reservas petrolíferas "pre-sal" ou "subsal" conhecidas atualmente no mundo estão em áreas marítimas profundas e ultra-profundas.

Outro dado importante:
Você sabia que aprimeira reserva petrolífera em área pré-sal no mundo ocorreu no litoral brasileiro, onde eramconhecidas como "petróleo do pré-sal" ou "pré-sal". E outro dado importante para nós brasileiros: estas também são as maiores reservas conhecidas em zonas da faixa pré-sal.



Pois é! Sempre ouvíamos as expressões como: "Brasil é um país rico", "temos no Brasil todas as riquezas necessárias", " países estão de olho na Amazônia" e "nas nossas riquezas". E agora descobriram mais esta riqueza. Esperamos que todo o povo brasileiro, todos os estados brasileiros sejam beneficiados com os recursos advindos da exploração petrolífera no pré-sal e não somente os estados onde já foram encontrados poços de petróleo.