A crise política que atinge pelo menos 12 países muçulmanos no Norte da África e no Oriente Médio causa protestos generalizados em algumas regiões e ações isoladas em outras.
Para os estudiosos, há uma junção entre a comunicação no mundo globalizado e a insatisfação popular em decorrência do empobrecimento da sociedade, além da ausência de perspectivas, que culmina no chamado efeito dominó. O professor doutor em Relações Internacionais e professor de história pela Universidade de Brasília (UnB) Carlos Eduardo Vidigal defende que há uma reação ao autoritarismo associada à velocidade das informações no mundo globalizado.
Clique aqui e veja o mapa dos regimes autoritários e democráticos do mundo.
Vamos saber mais sobre outros países que apresentam protestos:
MARROCOS |
Capital: Rabat
Governo: Monarquia parlamentarista
É um país muçulmano em que as influências espanholas e francesas se adaptaram à rica tradição cultural árabe e berbere. Seu território, cortado por altas cordilheiras, é de modo geral menos quente e seco que o dos países vizinhos.
Ameaçado por manifestações, o rei Mohammed VI, que está há mais de dez anos no poder, adota medidas para evitar revoltas. Porém, nos últimos dias houve pequenos protestos em algumas cidades do país. Na família real há divisões, um dos primos do rei defende a abertura política e critica a gestão de Mohammed VI.
JORDÂNIA |
Jordânia (Oriente Médio) - País do Sudeste Asiático, localizado no litoral do mar Mediterrâneo.
Continente: Ásia
Amã, é a capital da Jordânia.
A cidade de Petra éa atração principal da Jordânia. Outras cidades importantes são: Az-Zarqa, Ar-Rusayfah, Al-Mafraq
Clima: árido subtropicalHá 12 anos no poder, o rei Abdullah II mudou a equipe de governo e anunciou reformas. Também adotou a austeridade econômica. A proximidade com a política do governo dos Estados Unidos e a ocidentalização do país, entre outras questões, são alvo de reações populares. Nos últimos dias, houve protestos na região.
IÊMEN |
Iêmen (Sudoeste Asiático) - país da Península Arábica e de regime parlamentarista.
Nome oficial: República do Iêmen (Al-Jumhuriya al-Yamaniya).
Capital: Sanaa.
Cidades principais: Sanaa (972 000), Áden (562 000) (1995); Ta'izz (290 107), Hodeida (246 068) (1993).
Idioma: árabe (oficial)
Cidades principais: Sanaa (972 000), Áden (562 000) (1995); Ta'izz (290 107), Hodeida (246 068) (1993).
Idioma: árabe (oficial)
O presidente Ali Abdullah Saleh está no poder há mais de três décadas. Ele assumiu depois de um golpe militar. O mandato presidencial é de sete anos, mas a cada votação, Saleh tem sido reeleito.
Os protestos vêm aumentando desde meados de janeiro, exigindo a saída do presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder desde 1978.
Nesta quinta-feira, milhares de manifestantes protestaram em Sanaa em um "dia de ira", pedindo a retirada de Saleh, enquando um número semelhante de apoiadores do governo invadiram a praça central. Na quarta-feira, Saleh disse que não estenderia seu mandato.
Nesta quinta-feira, milhares de manifestantes protestaram em Sanaa em um "dia de ira", pedindo a retirada de Saleh, enquando um número semelhante de apoiadores do governo invadiram a praça central. Na quarta-feira, Saleh disse que não estenderia seu mandato.
"Vamos continuar protestando até que o regime caia", disse o universitário Murad Mohammed. "Não temos futuro sob as atuais condições."
Dos 23 milhões de iemenitas, 40% vivem com menos de 2 dólares por dia, e um terço passa fome cronicamente.
Os protestos recentes têm sido menores que em semanas anteriores, quando dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas. Mas eles estão tendo um início mais espontâneo, e ocorrendo de modo mais violento e estridente.
ARÁBIA SAUDITA |
É um país localizado na Ásia, mais precisamente no oriente médio.
O clima que predomina na região da Arábia Saudita é o árido quente e uma pequena área ao norte de clima subtropical.
A capital do país é a cidade de Riade e a língua falada no território é o árabe.
O rei Abdullah bin Abdel Aziz está no poder há cinco anos. A lei básica adotada em 1992 declarou que Arábia Saudita é uma monarquia absoluta islâmica governada pelos filhos e pelos netos do rei Abd Al Aziz Al Saud. Organizações não governamentais criticam o desrespeito por direitos humanos no país. Os protestos são isolados e levam à mutilação do corpo de manifestantes.
Iraque (Oriente Médio) - Os primeiros traços da civilização humana - incluindo a invenção da roda, da matemática e da escrita - estão na região entre os rios Tigres e Eufrates, a Mesopotâmia, que praticamente compõe o Iraque moderno.
Nome Oficial: República do Iraque
Capital: Bagdá
Cidade Principais: Bagdá, Mosul, Irbil, Kirkuk e Basra
No cargo há quatro anos, o primeiro-ministro Nuri Al Maliki enfrenta críticas e protestos internos. Com o regime parlamentaristas, o presidente Jalal Talabani não é lembrando pelos manifestantes. Depois da invasão norte-americana em 2003, o Iraque busca a estabilidade política e econômica.
Nome Oficial: República do Iraque
Capital: Bagdá
Cidade Principais: Bagdá, Mosul, Irbil, Kirkuk e Basra
No cargo há quatro anos, o primeiro-ministro Nuri Al Maliki enfrenta críticas e protestos internos. Com o regime parlamentaristas, o presidente Jalal Talabani não é lembrando pelos manifestantes. Depois da invasão norte-americana em 2003, o Iraque busca a estabilidade política e econômica.
LÍBANO |
Líbano (Ásia Ocidental) - Nome oficial: República do Líbano (Al-Jumhuriya al-Lubnaniya)
Capital: Beirute. Cidades principais: Beirute (1.100.000), Trípoli (240.000) (1991); Zahlah (45.000), Sayda (38.000), Tyr (antiga Sur) (14 000) (1988).
Clima:Mediterrâneo, ameno com invernos chuvosos e verões quentes e secos. Nas áreas montanhosas, o inverno é caracterizado por alta precipitação de neve.O Líbano é o país de língua árabe que tem proporcionalmente o menor número de muçulmanos, com 62% da população. É o histórico território dos fenícios, cuja cultura floresceu por mais de 2 mil anos, a partir de 2.700 antes de Cristo. Esse povo, civilização de mercadores, viveu na Fenícia (antiga Ásia) e organizou o alfabeto fenício...
Em clima de permanente tensão, o país saiu de uma guerra em 2007. Mal assumiu o poder em janeiro de 2011, o primeiro-ministro Najib Mikati enfrenta resistência internas e externas por suas ligações com o grupo Hezbollah. Antes dele, estava no cargo Saad Hariri. Os manifestantes reagem à nomeação de Mikati por acreditar que o Hezbollah exercerá o poder.
Síria (Sudoeste Asiático) - Nome oficial: República Árabe da Síria (Al-Jumhuriya al-'Arabiya as-Suriya).
Capital: Damasco.
Cidades principais: Aleppo (1.582.930), Damasco (1.394.322), Homs (540.133), Al Ladhiqiyah (311.784), Hamah (264.348) (1994).
Idioma: árabe (oficial), curdo.
Clima: mediterrâneo (litoral) e árido (interior)
Houve manifestações em apoio aos protestos no Egito, mas por enquanto não há referências diretas à gestão do presidente Bashar al-Assad, que está no poder há quase 11 anos, depois de um referendo popular. Ele assumiu o governo com a morte do pai Hafez al-Assad, que foi eleito presidente para cinco mandatos consecutivos.
Capital: Damasco.
Cidades principais: Aleppo (1.582.930), Damasco (1.394.322), Homs (540.133), Al Ladhiqiyah (311.784), Hamah (264.348) (1994).
Idioma: árabe (oficial), curdo.
Clima: mediterrâneo (litoral) e árido (interior)
Houve manifestações em apoio aos protestos no Egito, mas por enquanto não há referências diretas à gestão do presidente Bashar al-Assad, que está no poder há quase 11 anos, depois de um referendo popular. Ele assumiu o governo com a morte do pai Hafez al-Assad, que foi eleito presidente para cinco mandatos consecutivos.
Líbia (Norte da África) - Considerada a mais longa ditadura que há no mundo, o presidente Muammar al-Khadafi está no poder há 41 anos. O clima de tensão é constante no país. A partir de 1970, foram expulsos da Líbia os militares estrangeiros e decretada a nacionalização das empresas, dos bancos e dos recursos petrolíferos do país. Há reações isoladas ao governo.
Na quinta-feira (17/02), os jovens convocaram, pela internet, uma jornada de protestos chamada de “o dia da revolta”. Sob o lema "Revolta de 17 de fevereiro de 2011: para fazer um dia da revolta na Líbia", a página do Facebook do grupo de opositores passou de 4.400 membros na segunda-feira a 9.600 nesta quarta-feira.
Argélia :está localizada no litoral norte da África, é banhada pelo Mediterrâneo. Faz fronteira com a Tunísia, Líbia, Níger, Mali, Mauritânia, Saara Ocidental e Marrocos.
É o segundo maior país em extensão territorial do continente africano, atrás apenas do Sudão
Nome oficial: República Democrática e Popular da Argélia (Al-Jumhuriya al-Jaza'iriya ad-dimuqratia ash-sha'biya).
Capital: Argel.
Cidades principais: Argel (2.561.992) (1998); Oran (609.823), Constantine (443.727) (1987).
Clima: árido subtropical, mediterrâneo (litoral).
No poder há mais de uma década, o presidente Abdelaziz Bouteflika é acusado de comandar o país de forma autoritária e não democrática. Cultos religiosos não islâmicos são limitados, assim como a ação da imprensa é alvo de proibições. Como no Egito, o governo decretou lei de emergência obtendo amplos poderes, mas promete revogar. Protestos têm ocorrido.
É o segundo maior país em extensão territorial do continente africano, atrás apenas do Sudão
Nome oficial: República Democrática e Popular da Argélia (Al-Jumhuriya al-Jaza'iriya ad-dimuqratia ash-sha'biya).
Capital: Argel.
Cidades principais: Argel (2.561.992) (1998); Oran (609.823), Constantine (443.727) (1987).
Clima: árido subtropical, mediterrâneo (litoral).
No poder há mais de uma década, o presidente Abdelaziz Bouteflika é acusado de comandar o país de forma autoritária e não democrática. Cultos religiosos não islâmicos são limitados, assim como a ação da imprensa é alvo de proibições. Como no Egito, o governo decretou lei de emergência obtendo amplos poderes, mas promete revogar. Protestos têm ocorrido.
Mauritânia - O território da Mauritânia abrange mais de um milhão de quilômetros quadrados, uma área equivalente a quatro vezes o Estado de São Paulo.
O relevo mauritano é caracterizado principalmente pelas áridas planícies do deserto do Saara, ocorrendo algumas formações montanhosas.
Nome oficial: República Islâmica da Mauritânia (Al-Jumhuriya al-Islamiya al-Muritaniya)
Capital: Nuackchott
O relevo mauritano é caracterizado principalmente pelas áridas planícies do deserto do Saara, ocorrendo algumas formações montanhosas.
Nome oficial: República Islâmica da Mauritânia (Al-Jumhuriya al-Islamiya al-Muritaniya)
Capital: Nuackchott
Cidades principais: Nuakchott (608.228), Nouadhibou (88.313), Kaédi (40.633) (1996); Kiffa (29.300), Rosso (27.800) (1988).
Clima: árido tropical (N) e tropical de altitude (S).
A Mauritânia é um dos países mais pobres do mundo. Um terço das crianças é subnutrido, e quando há comida, é cara demais para que os pobres possam comprá-la.
Metade da população depende da agricultura e da pecuária para sobreviver. Muitos nômades e agricultores de subsistência tiveram de procurar sustento nas cidades durante a seca que assolou o país nas décadas de 1970 e 80.
O desemprego aflige 30% da população. Mais de 45% estão abaixo da linha nacional de pobreza. Apenas metade da população é alfabetizada.
A escravidão não foi oficialmente abolida até 1980; há ainda as acusações de bolsões de escravidão no interior. O sistema no qual o país se divide também dá margem para a escravidão: há tribos de guerreiros, tribos de músicos e tribos de escravos.
O presidente Mohamed Ould Abdel Aziz governa com o apoio de uma junta militar, depois que houve um golpe em 2008. O clima no país é tenso em decorrência da disputa por poder das tribos existentes na região. As manifestações são repletas de imolações - que é o ato de atear fogo em si em protesto político, é uma prática antiga comum a alguns segmentos religiosos.AGÊNCIA BRASIL
A Mauritânia é um dos países mais pobres do mundo. Um terço das crianças é subnutrido, e quando há comida, é cara demais para que os pobres possam comprá-la.
Metade da população depende da agricultura e da pecuária para sobreviver. Muitos nômades e agricultores de subsistência tiveram de procurar sustento nas cidades durante a seca que assolou o país nas décadas de 1970 e 80.
O desemprego aflige 30% da população. Mais de 45% estão abaixo da linha nacional de pobreza. Apenas metade da população é alfabetizada.
A escravidão não foi oficialmente abolida até 1980; há ainda as acusações de bolsões de escravidão no interior. O sistema no qual o país se divide também dá margem para a escravidão: há tribos de guerreiros, tribos de músicos e tribos de escravos.
O presidente Mohamed Ould Abdel Aziz governa com o apoio de uma junta militar, depois que houve um golpe em 2008. O clima no país é tenso em decorrência da disputa por poder das tribos existentes na região. As manifestações são repletas de imolações - que é o ato de atear fogo em si em protesto político, é uma prática antiga comum a alguns segmentos religiosos.AGÊNCIA BRASIL
Olá colega, obrigada pela visita. Gostei do teu blog. Vou acompanhá-lo. Abraços
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